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Foto do escritorHP Charles

Mantenha-se fiel a seus valores.

Existem coisas na vida que são inegociáveis. Pelo menos deveriam ser. Princípios, valores, ética. LEALDADE. Lealdade aos seus e a si mesmo, principalmente. Lá fora pode estar chovendo canivete, mas você precisa se manter firme ao que considera justo e correto.


Vivemos em um mundo onde o dinheiro e o prazer fútil e individual foi colocado acima de tudo, e para obtê-los, qualquer vilania é justificável. O resultado é a decadência civilizacional que experimentamos. Essa miséria cultural, com a inversão de valores, cujo o objetivo é sempre o ter.


Mas dividimos o mesmo planeta. Há consequências para todos, mesmo que elas se apresentem de formas distintas e que pareçam não se conectarem. Vejo pessoas vendendo a própria dignidade a fim de tentar garantir um futuro mais abastado. Ligamos a televisão e vermes desviam merendas escolares para comprar mansões. Mulheres e homens desfazem famílias por egoísmo, por carne, por emoções juvenis. O resultado é sentido como um odor enjoativo que impregna o ar que se respira.


Há tensão. Há desconfiança. Há desconexão. Há solidão. Poucos com muito e muitos com pouco. A política e a justiça foram contaminadas com a corrupção e com ideologias nefastas, produzindo divisões, afastamentos e sofrimento. Mulheres e homens foram colocados em times distintos, se tornaram adversários e não cúmplices. Crianças quase não mais são concebidas. O solipsismo é cultivado e glorificado e o entronamento do ego é a única meta possível.


Na política pública a corrupção é endêmica, nas redes sociais o narcisismo é cultivado a cada postagem ilusória onde se vende uma felicidade tóxica e que evidentemente não existe. É o mercado da carne, dos cursos, da validação, onde o like é a moeda mais valiosa.


Mas a ficha parece começar a cair, não? Os antidepressivos não estão segurando a barra. As pílulas não mais funcionam? Quanto mais se compara, quanto mais há o afastamento da realidade e se faz da obtenção de riqueza o “propósito” da vida, mais infelicidade se cultiva. E assim a sociedade decai, sorumbática, macambúzia.


A verdade é que valores familiares, a ética, o afeto, tudo isso passou a ser aparentemente negociável e relativizado. E claro, não deu certo. Os jovens estão desorientados, deprimidos, sem os alicerces antes disponíveis em um mundo mais real e menos virtual. Falta toque. Falta tato. Falta calor. Faltam beijos significativos, íntimos, desejados.


Coisas possuindo pessoas e não pessoas possuindo coisas. Percebem a cristalina inversão? Há uma luta diária pela sobrevivência, mas ela precisa ser conduzida por algum propósito e ele não é a pizza de quarta-feira ou o novo Iphone.


Os índices de felicidade e de natalidade caem, os divórcios e os suicídios sobem, as pessoas são instrumentalizadas e as amizades se tornaram apenas network. É preciso haver resgate, e com sorte, redenção. Mas onde ela estaria?


Talvez no afeto. No passo atrás. No perdão. No foco em uma evolução consciente. Em vislumbrar o bem comum. Muitos com pouco e poucos com muito. Mas caixão não tem gaveta. Todos iremos embora. Tudo aqui é emprestado e todas as pessoas a quem se tenta impressionar e em quem se busca validação constante, não mais estarão aqui em algumas décadas. Então qual é o sentido do que vemos?


Existe uma guerra a ser lutada. Há um bom combate a ser vencido. No momento a humanidade está perdendo. Perdendo para os psicopatas na política pública e no alto das grandes empresas que destroem o planeta. Perdendo para os narcisistas com seus milhões de inscritos em redes sociais. Perdendo para a miséria cultural que assola a mídia e a propaganda.


Mas a maior derrota é que estamos NOS perdendo. E estamos nos perdendo porque não conhecemos a nós mesmos. Não sabemos nossa herança espiritual, cultural e nossa história. Esquecemos o passado e assim erraremos no futuro. As pessoas se isolam e se tornam cada vez mais solitárias. Mesmo acompanhadas…


É preciso parar e redirecionar o leme. Há algo no ar. As pessoas sentem, intuem, mas ainda não agem. Alguns talvez…sortudos, visionários, CONSCIENTES, encontraram um caminho na simplicidade, no afeto, ouvindo seus espíritos e compreendendo que a única saída é evoluir para não se desintegrar.


Procurem o bem pelo bem. Há retorno, acreditem. Existem leis universais muito acima de nosso ínfimo controle. Comecem mudando o mundo pelo seu vizinho, pelo seu amigo, por quem está próximo. Resgatar um é resgatar a muitos indiretamente.


Sabe aquele vazio que você é incapaz de preencher? Ele parece falar contigo em vozes introjetadas e que nunca se calam, não é mesmo? Quem será mesmo que fala quando nos recusamos a ouvir? É improvável que a esquizofrênia tenha se tornado epidêmica. Será que há algo a mais? Para onde iremos como irmãos, como humanidade? Digam vocês…









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