Há uma gigantesca crise no mercado de encontros ao redor do mundo. É um fenômeno quase mundial. As alterações comportamentais, as leis desiguais e punitivas para o homem, criaram um abismo no que concerne ao estabelecimento de relações de longo termo. Há desconfiança, medo, resistência. Em ambos os lados, é verdade. Foi proposital.
Na internet é cada vez mais frequente nos depararmos com vídeos de mulheres reclamando sobre a dificuldade em se encontrar parceiros nos últimos anos. Mas ao que se deve isso? Me parece indiscutível que a um leque de fatores.
Faz algumas décadas que o feminismo disse às mulheres que elas deveriam entrar fortemente no mercado de trabalho, cuidar de suas carreiras, se desprender de homens (porque de nada serviam), os tornar irrelevantes em suas vidas. Empurrar para frente a ideia de terem filhos, se engajarem sexualmente como bem quisessem, e que tudo ficaria bem. As leis foram se moldando, lhes consignando direitos, na medida em que eram subtraídos dos homens. Foi concedida à mulher o comando da narrativa legal, condenando o homem a uma enorme insegurança jurídica nas relações maritais, de paternidade e afetivas. A propaganda e o estado consignaram tudo isso na base da mão forte.
O feminismo venceu. Não há dúvidas.
Mas tal vitória valeu a pena ou foi um tiro no pé?
Nos EUA mais de 63% dos homens jovens simplesmente desistiram de se relacionar com o mínimo de profundidade. Adotaram o celibato ou a busca de relações absolutamente superficiais. Desistiram. Literalmente.
Aduzem basicamente que não se sentem seguros em perder tudo o que possuem face às leis desiguais ou se sujeitar a denúncias falsas que possam destruir seu emprego, reputação e vida. No campo comportamental não acreditam mais em “lealdade” por parte da mulher moderna ocidental. Os números de divórcio (80 a 90% são ensejados pela mulher), parecem confirmar tal insegurança. Quem assinaria um contrato com mais de 50% de possibilidade de ser desfeito e que quando o for, resultará em perda de ao menos 50% de seus bens? Provavelmente sua casa, o convívio com os filhos, suas economias. Há um tremendo “pisar em ovos” por parte dos homens. E isso precisa ser enfrentado como uma realidade e de forma adulta.
Homens basicamente não se sentem mais inclinados a prover e proteger vez que não enxergam mais na mulher uma figura de nutrição e segurança afetiva. “Se a mulher não mais cozinha, não limpa, não me oferece segurança afetiva ou sexual, não deseja mais ter filhos, o que há para mim no casamento? Despesas? Uma vida mais dura tendo que prover para alguém além de mim?”, dizem os homens. Portanto, aos milhões, têm preferido se voltar para a própria vida, desenvolvendo hobbies, praticando exercícios, focando em carreira, amigos, e não em família.
Já a mulher também parece estar se dando conta que o investimento em carreira, adiando a maternidade até o limite, com o aumento brutal na exigibilidade na escolha de parceiros, e a alteração rápida da visão de seu papel no mundo, talvez não tenha sido o melhor caminho para ela. Tudo mudou, mas foi para melhor? Era isso o que ela realmente desejava, ou foi enganada pela massiva propaganda feminista?
Nos últimos o número de suicídios entre as mulheres dobrou. O consumo de antidepressivos e ansiolíticos também se tornou estratosférico dentro da população feminina, acometida por ansiedade e insegurança. A figura da mulher cheia de pets e bebendo vinho se tornou popular e quase anedótica, consignando o sinal dos novos tempos.
Sim, a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, sua liberdade sexual, se tornou “forte e emponderada”. O estado se intrometeu e bancou a proposta feminista. Mas agora percebeu que há um preço a se pagar por isso. E o preço é a solidão. É isso que apontam os números.
Há desequilíbrio e desencontro.
A figura da mulher matadora, narcisista e altamente sexual, não parece ter despertado um anseio de investimento em continuidade e longevidade entre os homens. Muitos afirmam enxergar em relação a ela, drama, problemas e gastos, ao invés de paz e lealdade.
Na medida em que a ficha vai caindo, com a idade aumentando e com o decréscimo natural de sua aparência (ainda um fator preponderante para a escolha masculina) a mulher parece repensar o seu papel em um modelo mais tradicional, que seria mais atraente para o homem comum e mais equilibrado para ela. Se isso é genuíno ou tem o mero objetivo de fisgar um parceiro, é uma questão de cada uma. Mas é claro que o padrão criado pelo feminismo não está funcionando, pelo menos no que concerne à formação de enlaces duradouros ou matrimônios.
Esse quadro vai mudar?
Enquanto a mulher não entender que precisará diminuir seu patamar, ser mais realista, abdicar de certos posicionamentos, olhar mais para homens em situação menos favorável financeira e esteticamente, a foto não se altera. Sempre haverá mais procura do que oferta para os homens que se encontram no topo da pirâmide, que por terem muita possibilidade de escolha, optarão por se aproveitar de tal quantidade de oferta. E esse é justamente o quadro atual.
Muitos homens, por entenderem que as regras do jogo lhes são desfavoráveis, simplesmente se retiraram da partida. Não jogam mais. As mulheres que ainda desejam encontrar alguém, lutam então pelos mesmo homens, que pela posicão favorável e excesso de possibilidades, não desejam se comprometer, buscando, quando é o caso, sempre mulheres mais jovens e com maior possibilidade reprodutiva. É a natureza do próprio jogo em si.
Existe uma procura enorme por bonecos e bonecas sexuais, namorados e namoradas virtuais baseados em I.A..Tudo parece surreal, mas não é. Os números não deixam dúvidas. Há desistência e afastamento. Mas é tudo culpa do feminismo? Não. O estado entrou muito forte nas relações interpessoais e a internet também é fator preponderante para termos o quadro atual. Poderia focar na tenebrosa questão da queda de natalidade que os governos parecem fingir não saber o quanto é grave, mas isso pede um texto específico.
Ok, mas então o que é possível se fazer? Em primeiro lugar equilibrar a questão legal. Sem isso absolutamente nada mudará. Proteger as mulheres não é o mesmo que avalizar mentiras, não é colocar uma arma na cabeça dos homens. A cada denúncia falsa usada como vingança e para se apropriar de bens do homem, uma mulher é prejudicada indiretamente. É impressionante como ainda não se percebeu isso. Expulsar maridos e namorados de casa, liminarmente, sem a devida apuração, não resolve a questão da violência, pois o verdadeiro bandido não liga para medidas protetivas. Isso apenas fornece às farsantes e psicopatas, uma forma de se aproveitarem, ao passo que descredibilizam as mulheres sérias e honestas. Novamente: OS NÚMEROS confirmam tal afirmação.
Em segundo lugar, é preciso se rediscutir anseios e prioridades de uma forma mais objetiva e realista. Já sabemos que o materialismo e o individualismo não resolveu, não é mesmo? Como cada lado vai ceder? Quais são as mudanças necessárias nos paradigmas? Ainda se instirá na relativização da infidelidade? Na hipersexualização? A monogamia como escolha e voto será novamente valorizada?
Mas a sociedade está pronta ou deseja isso? Só ela poderá dizer. O que deixa poucas dúvidas e não precisa ser brilhante para notar, é que o quadro atual se tornará ainda mais insustentável e em pouco tempo e inevitavelmente, o estado entrará, atabalhoadamente (como sempre), para tentar dirimir um problema que ele mesmo criou?
Vai reformular as leis? Vai oferecer incentivo financeiro para as pessoas terem filhos, como na China e Coreia do Sul? Ou vai esperar todo o leite se esparramar e aumentar os impostos mais uma vez, pois é a única “solução” real que encontra? Veremos…
O feminismo parece ser agora contestado e contraditado pelas própria mulheres. Cansadas de sentirem sozinhas, cansadas de haver gente dizendo a elas o que devem fazer, cansadas de lutarem com a própria natureza. No fundo parecem começar a entender que fazer um bom jantar para o marido quando ele chegar em casa e ter mais tempo para os filhos, é um negócio melhor do que uma jornada diária de 12 ou mais horas de trabalho. Os homens naturalmente sempre foram condenados a isso, nunca tiveram saída, apenas agora não querem mais dividir o que recebem por tal esforço. Acham que não vale mais a pena. A conta chegou.
Percebem o tamanho do problema?
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