Me parece que qualquer um que tenha um pouco de sensibilidade e não esteja alienado ao atual cenário político mundial tem um mau pressentimento quanto ao desenrolar do futuro.
Somado a isso há uma enorme velocidade nas mudanças de comportamento e costumes, principalmente na sociedade ocidental. O número de filhos por casal diminui considerável e preocupantemente, as relações maritais se esfacelam, as conexões afetivas cada vez mais são determinadas com base no virtual, a "hook up culture" gera contatos doentios, há uma epidemia de doenças mentais, a I.A. parece ter chegado com os pés na porta pronta para remodelar o mercado de trabalho, gerando preocupações e inseguranças.
Por outro lado assistimos ao crescimento político e econômico da China, um gigante que parece querer sobrepujar a tudo e a todos, impondo ao mundo sua peculiar visão de poder, espalhando seus tentáculos através do dinheiro e de seus atributos militares.
Aqui no Brasil padecemos com a politização explícita e contumaz do judiciário, o que resulta em um caminho absolutamente perigoso. François Guizot dizia com razão que "quando a política penetra no recinto dos tribunais, a justiça se retira por alguma porta". O mesmo acontece com a mídia, viciada pelo dinheiro público. Sendo assim a ideologia escorre por todos os sulcos de nossas instituições, as tornando inconfiáveis, partidárias, contaminadas. O valor das instituições certamente vai diminuindo perante a opinião pública.
A verdade é que grande parte do planeta parece estar no limiar de presenciar uma grande mudança. Um governo global? Que controlaria todos os aspectos da população com mão de ferro através da tecnologia e da Internet? Estaríamos realmente a poucos passos de experimentarmos um domínio totalitário com viés ou características oriundas do comunismo? Ou isso é uma ilusão difundida por medo e receios infundados? E o que dizer de uma sociedade sem o uso de dinheiro em espécie? Isso não daria a quem controla os cartões um poder absoluto? Creio que descobriremos em não muito tempo. Mas me parece justo afirmar que algo de grande proporção está tentando conduzir o planeta.
Uma nova pandemia já é planejada e anunciada como certa. Há uma tentativa ainda modesta de fazer com que máscaras retornem aos rostos de todos. Entendam que há um enorme simbolismo em olhar para os lados e ver todos de máscara. O de que existe controle. A palavra ciência foi utilizada de forma precária e absoluta a serviço da política, como hoje sabemos.
A União Europeia promove a todo custo a ideia de que um controle central da informação veiculada na Internet precisa ser efetivado. Haveria, portanto, a institucionalização da censura, de forma legal e absoluta. O governo passaria assim a dizer unilateralmente o que é verdade ou não. Mas fiquem tranquilos. Seria para o nosso "bem".
Qualquer variação mais branda desse quadro ainda me parece assustadora. Grande parte do povo vai vivendo suas vidas hipnoticamente, preocupado com sua sobrevivência, em meio a contas, lutas pessoais, muitas vezes conduzido pelo consumismo desenfreado que cria a ilusão de que apenas o ter taparia o vazio existencial.
Seríamos como marionetes atendendo a um projeto de controle promovidos por uma elite que possuiria o real poder e recursos para conduzir o destino do planeta conforme seus interesses e necessidades. Apenas algumas dessas marionetes conseguem enxergar as cordas que as manejam.
Continuaríamos sendo servidos com serviços precários e insuficientes em troca de altos impostos, sem o devido retorno. O pão e circo é impulsionado e maciço em redes sociais onde o conteúdo tolo, raso e asinino, ganha cada vez mais espaço. Tik tokers dançam desabaladamente em um festival de coreografias apelativas e sem sentido. Instagramers vendem seus corpos e bundas em uma ode a hipersexualização que geram curtidas fáceis e imediatas. É a guerra da carne.
No meio disso tudo alguns ainda esticam seus pescoços tentando desesperadamente respirar e enxergar um mundo mais racional e humano que vai sendo deixado para trás, conduzido pelo vento do esquecimento, solapado pela tecnologia e pelo beneplácito de uma juventude sem rumo e depressiva.
Tomara que tudo isso seja uma mera impressão pessimista, quiçá saudosista de uma alma velha. Torço fervorosamente para que essas impressões que cada vez mais encontram eco, não sejam apenas miragens causadas por informações e impressões enviesadas. Enquanto isso, quem pode corre para as montanhas, diminui o consumo de influência digital, se retira para cidades menores, tenta diminuir a velocidade do tempo e com isso desacelerar as mudanças inevitáveis. Haverá tempo para uma "Arca de Noé"? Ou ela já zarpou e não percebemos?
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