O Som da Liberdade é um filme não apenas incomodativo. É um filme necessário. Vimos a película grudados na poltrona, com um misto de indignação e de repulsa. O tema é áspero e é impossível não torcer para que os vilões tenham o pior fim possível. A meu ver a pedofília é crime sem perdão.
O Som da Liberdade acompanha Tim Ballard, um agente da CIA, em sua cruzada contra o tráfico sexual, um mercado que movimenta bilhões de dólares. Obstinado em sua missão de capturar pedófilos, em determinado momento do filme ele é questionado por um companheiro acerca das crianças recuperadas. Então se dá conta que apenas prender os pedófilos não seria o suficiente ou até o mais relevante. Ele deveria resgatar as crianças vítimas do tráfico sexual e devolvê-las às suas famílias.
O filme então percorre o caminho do processo de captação de crianças no México. Iludido com a promessa de transformar seus filhos em modelos fotográficos, um pai se vê ludibriado por traficantes, que impiedosamente raptam seus dois filhos a fim de vendê-los a pedófilos.
A cena de desespero do pai ao perceber que fora enganado e que perdeu seus filhos, nos causa um tristeza imediata face a brutalidade da desolação em comento. O sumiço de duas crianças deve ser algo insuperável para um pai.
Por conta de sua investigação com a consequente prisão de um famoso pedófilo, Tim consegue chegar a uma das crianças raptadas. O mesmo menino que havia desaparecido no México. Exames são feitos no menino e comprovam que o abuso sexual ocorreu. Ao devolver o filho a seu pai,
Tim recebe um comovente pedido de ajuda do próprio menino. Um pedido para que ele encontre sua irmã mais velha.
O agente então conversa com sua esposa sobre a imperiosidade de sua nova missão, enquanto um contraste com seus inúmeros filhos, felizes e protegidos, é jogado ao espectador, gerando imediata empatia ao sentimento de Tim. A partir daí a história continua na Colômbia, suposta base da organização criminosa e onde estaria a menina a ser encontrada.
Vou deixar o que acontece daí para frente por conta da imaginação de vocês. The Sound of Freedom não usará imagens apelativas ou violentas. Não é necessário. A temática já faz o serviço. Importante ressaltar que a Disney, empresa com viés ultra progressista e que comprou os direitos do filme, o "engavetou" durante anos. Sua produção é de 2018. Agora façam as contas. Por que será que isso aconteceu? Vocês sabem muito bem o que tem ocorrido em Hollywood, não? Vocês tem conhecimento dos inúmeros escândalos de pedofilia que tem estraçalhado a reputação da Academia?
Sendonassim, recomendo fortemente que vocês assistam ao filme, em que pese o desgaste emocional que ele causa. Não consigo imaginar crimes tão hediondos quanto o que gera abuso sexual em crianças, marcando o futuro de milhares de jovens almas, de pequenos seres humanos tão puros e indefesos. Não há nada mais COVARDE do que molestar uma criança. Só resta torcer para que o filme ajude a incentivar um combate cada vez mais intenso a teia criminosa que existe ao redor do mundo e que propaga tal infâmia. Força e honra!
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