Acredito que pertença a última geração ensinada para viver algo próximo ao estoicismo.
Minha geração foi criada por pais que nos diziam para aceitar o que não se pode controlar, para aprender a lidar com seus próprios erros e também para...não voltar para casa chorando senão ia apanhar mais.
Os jovens estão bastante mudados, não há dúvida. Os princípios e valores estão diferentes, naturalmente. O viés do pragmatismo não é tão valorizado hodiernamente, dando lugar à preponderância dos estímulos emotivos em detrimento à racionalidade.
Vemos isso em todas as áreas da cultura, bem como no cotidiano da galera mais nova. Há exceções, evidente, mas são apenas isso, exceções.
A ideia dos estóicos em mudar a si mesmos ao invés de mudar ao mundo exterior, cai cada vez mais por terra. No cinema praticamente não há mais o protagonista forte, que suporta a tudo de forma quase impassível.
Hoje o "galã" chora com facilidade, se revolta, bate pezinho. A virtude e a razão não são mais a base da vida, como acreditava Marco Aurélio.
E então? Vocês padecem como eu da saudade daqueles tempos? Claro, é puro saudosismo de tempos que não voltarão, mas é sempre bom ressaltar que não foi sempre como hoje.
Houve uma época de homens de pedra cujo lema abarcava, força, honra e razão.
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