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Foto do escritorHP Charles

Por quem você morreria? Honra e sacrifício.

Você já parou para pensar em o quão é capaz de sacrificar por quem ama? Seria capaz de abdicar de seu bem mais precioso, sua vida, por alguém? Em uma situação de perigo ou renúncia? Em uma situação de honra e dignidade? Você já parou para pensar nisso? Em quanto amor você é capaz de entregar?


Eu daria minha vida por quem amo sem pensar duas vezes. Seria capaz de levar o primeiro tiro por mulheres valorosas uma situação de uma invasão doméstica, por exemplo. Me arriscaria para salvar familiares e amigos em um incêndio, em uma agressão.


Esses valores ainda existem? Ainda são reconhecidos em 2023? Honra e força de caráter ainda tem algum peso no mundo moderno? Ou tudo se resume a dinheiro, fama e poder? Mas quem quereria viver em uma sociedade que não valoriza tais atributos? Pelo que tenho visto, muitos.


Já passei por dois roubos à mão armada, onde pistolas foram postas em minha têmpora e me recordo de em ambas oportunidades, ter permanecido impassível. Você simplesmente sente que sua vida não vale 10 centavos naquela situação e só pode reagir conforme seu caráter e coragem. A verdadeira porrada, em meu caso, só veio depois, quando estava a salvo. Foi aí que realmente me dei conta do risco pelo qual passei. Quem experimentou tal situação sabe do que estou falando.


Me recordo claramente de pensar rapidamente em meus pais, e como se sentiriam, e esse foi o maior medo, entre todos. Como seguiriam suas vidas sem um filho. A ação inversa do tempo e da ordem natural me parece ser insuportável.


Hoje não possuo nenhum medo de morrer. Meus pais já se foram e tive uma vida pródiga e repleta de experiências. Claro, ainda há algo a viver, a realizar, mas desde muito jovem eu negocio bem com a ideia da finitude inevitável para todos.


No entanto, confesso que para mim seria difícil viver sem honra. Jamais conseguiria me olhar no espelho se expusesse uma pessoa mais fraca, uma criança, uma mulher, para levar a primeira facada, o primeiro soco. Assim fui educado e me recordo de meu pai sempre se posicionando à frente de sua família em situações de potencial perigo ou agressividade. Anos mais tarde, em situação em que estavam já idosos, pude me posicionar em uma situação onde meu pai quase foi agredido por um grupo de funcionários dentro de sua própria casa. Foi uma situação instintiva onde me preparei para fazer o que fosse preciso (de verdade) para protegê-los.


É uma força que surge de nossos âmagos e que te faria "beber o sangue" de qualquer um que ameaçasse a quem você ama. Sou absolutamente contra usar violência ou qualquer conhecimento marcial que possua que não seja em uma situação de defesa, que fique claro. Mas acredito que o homem precise ter dentro de si uma parcela de agressividade. Ele precisa ter uma espécie de violência adestrada reservada para esses momentos. Não é ser "violento" é ser capaz de usar a violência para proteger a si e a quem se ama.


A violência gratuita e descontrolada não passa de covardia e se reserva a seres obtusos e abjetos. Mas a violência decorrente da honra que abriga os mais fracos, os mais frágeis, é sinônimo de força e de coragem.


A internet, aliás, é a casa dos bravateiros, dos arrogantes mal educados, dos guerreiros de teclado, que não resistiriam a um olhar direto em seus olhos, quanto mais a um tapa. Na Internet todos são bravos, rápidos em suas ofensas, alfas digitando impropérios e xingamentos, muitas vezes com "c". O homem estóico e real, jamais se abala com isso, é preciso que saibam.


E então? Por quem e por que vocês morreriam? Por seus filhos, certamente. Por seus pais, esposas, namoradas, amigos? O que significa a honra para vocês, quando confrontada com a morte, com o cessar? Esse sentimento, esse censo de dever, ainda é valorizado? Deveria ser? O quanto vocês são capazes de amar?

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